Da horta à feirinha: alunos da Escola Antônio Ferreira colhem, aprendem e compartilham saberes

Na Escola Municipal Antônio Ferreira, a aprendizagem ganhou cheiro de terra molhada, textura de folha verde e o brilho de olhos curiosos. A proposta de criar uma horta escolar, coordenada pelas professoras Josiane e Alexandra, nasceu com um objetivo muito claro: aproximar os alunos da natureza e transformar conteúdos trabalhados em sala de aula em experiências reais, vividas no dia a dia.

Em vez de apenas ouvir falar sobre meio ambiente, alimentação saudável e responsabilidade, as crianças foram convidadas a colocar a mão na terra, preparar o solo, plantar as mudas, regar, acompanhar o crescimento das plantas e entender, passo a passo, o tempo da natureza. Cada canteiro se tornou um laboratório vivo, onde ciências, matemática, língua portuguesa e até valores como respeito e cuidado com o outro se encontraram de forma natural.

Os estudantes aprenderam sobre o ciclo de vida das plantas, a importância da água, do sol e dos nutrientes, conversaram sobre desperdício de alimentos e refletiram sobre o impacto que pequenas atitudes têm no planeta. A horta também foi espaço de diálogo sobre hábitos alimentares mais saudáveis, mostrando às crianças que o que chega ao prato tem história, origem e trabalho por trás.

Mais do que um projeto pontual, a horta da Escola Municipal Antônio Ferreira se consolidou como uma prática pedagógica que fortalece o vínculo dos alunos com a escola e com o território onde vivem. Ao ver o que plantaram crescer, os estudantes experimentaram o sentimento de pertencimento e perceberam que são capazes de cuidar, produzir e transformar.

Todo esse processo também incentivou o trabalho em equipe. As turmas se organizaram em grupos para dividir tarefas, combinar revezamentos para regar e cuidar dos canteiros, zelar pelas mudas nos dias mais quentes e observar de perto qualquer mudança. Assim, a horta se tornou um espaço de convivência, diálogo, responsabilidade e cooperação, ajudando a construir, desde cedo, cidadãos mais conscientes e participativos.

Feirinha na escola: valores que vão além do dinheiro

Depois de semanas de cuidados, o momento mais aguardado chegou: a colheita. Folhas, temperos e outros produtos cultivados pelos alunos foram cuidadosamente separados e organizados para uma feirinha montada na própria escola. O pátio, que costuma ser palco de brincadeiras e encontros, desta vez se transformou em um pequeno mercado, onde as crianças tiveram a oportunidade de vivenciar, na prática, noções de organização, planejamento e empreendedorismo.

Com o apoio das professoras e da equipe escolar, os alunos ajudaram a montar as bancadas, organizar os produtos, definir preços simbólicos e pensar em como apresentar o trabalho para as famílias e para a comunidade. Cada carrinho, sacola ou cesta que chegava para comprar os itens da horta era também um gesto de valorização da educação pública e do esforço das crianças.

Ao participar da feirinha, os estudantes puderam exercitar habilidades que vão muito além do currículo tradicional. Aprenderam a lidar com dinheiro, calcular troco, conversar com o público, explicar de onde vinham os produtos e contar, com orgulho, que foram eles mesmos que produziram e com o dinheiro que conseguiram eles vão tomar sorvete com seus coletas de classe.

Leonardo Constancio,
Assessor de Imprensa.

Prefeitura Municipal de Albertina/MG
Felipe Teodoro Sanches, Prefeito
 

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